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Não te vejo como chuva
Te vejo como mar
Não te vejo como agua (cristalina)
Te vejo como pura
Não te vejo como a escuridão
E sim o meu clarão
Não te vejo como nada
E sim como tudo
Minha vida o desperdicio
De não ter falado enquanto pude
Mas e o medo de não ficar ao teu lado
De olhos fechados a coisa mais bela
De olhos abertos a formosura da tela
Com roupas largas, você
E apertadas, seu corpo
Labios fechados encanto
Labios abertos um manto
Quando me descrobri, você
Quando me senti, com você
Pensamento ao encontro
Chegando ao vazio
Não ter o que pensar
Herena faz lembrar
A proibição faz contar
O que as palavras me fazem pensar

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